Esse mês é um mês muito especial no qual refletimos sobre a importância da prevenção do suicídio e valorização da vida. Estudos comprovam que a cada quatro segundos uma pessoa se suicida no mundo, portanto essa discussão deve ser feita durante o ano todo, porém o mês de setembro foi escolhido devido ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado no dia 10. O mês está acabando, mas a discussão sobre o tema deve permanecer. 

Saúde Mental: Depressão não é frescura. Precisamos falar sobre suicídio!

Publiée par Sargento Reginauro sur Mercredi 18 septembre 2019

 

O índice de suicídio cresce ano a ano e se torna cada vez mais alarmante. O que chama atenção é para a quantidade de profissionais da segurança que cometem o ato, eles, em especial os policiais militares, fazem parte de uma das profissões com maior tendência ao suicídio. Os fatores que cooperam para isso são diversos e entre eles está: pressão, cobrança, estresse, tensão, perseguição, perigo, risco, enfim eles convivem constantemente com o imprevisível. Saem de suas residências, sem saber o que lhes espera. Deixam suas famílias com a incerteza do retorno. Em cada serviço eles enfrentam situações de conflito, que demandam intervenção, sem contar nas condições insalubres de trabalho que estão expostos. 

A atividade policial é considerada perigosa e geradora de imenso estresse pelo intenso esforço físico, além da necessidade de raciocínio e intervenção. Diante de tantas dificuldades como manter a saúde mental? Eles são majoritariamente homens, logo integram mais um grupo com maior índice de suicídio.  Entre as mulheres, a  taxa oficial é de 1,9 mulheres para cada cem mil habitantes. Já entre os homens, o índice é de 7,1. Portanto, a profissão e o sexo são duas características marcantes, que tendem ao ato. 

Segundo novo relatório da Organização Mundial de Saúde, uma pessoa tira a própria vida a cada quatro segundos no mundo. São cerca de 800.000 mortes por ano, sendo que pouco mais da metade têm menos de 45 anos. Entre as medidas preventivas recomendadas pela OMS, está a redução do acesso às armas e de outros meios de tirar a própria vida. Muitos dos profissionais da segurança se suicidam com a própria arma estando de serviço ou de folga. 

O número tem se tornado tão alarmante que 840 policiais já tiraram licenças para tratamentos psiquiátricos, esse número ultrapassa os 761 afastamentos de 2018. De 2015 até agosto de 2019, são em média mil afastamentos por ano. Esses números revelam a continuidade dos problemas de saúde mental. Precisamos reverter esse cenário e buscar por políticas públicas que qualifique a saúde mental desses profissionais, já que não têm salário digno, condições de trabalho e muito menos dignidade. 

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