Enquanto a preocupação está voltada para a Amazônia, o Ceará arde em chamas e Fortaleza perde várias árvores de grande porte, árvores adultas que perdem espaço para obras. A atual gestão municipal é uma das que mais derrubou árvores dentro da nossa capital. Já no âmbito estadual, a situação também não complicada: o Ceará está em 4º lugar no Nordeste no ranking de queimadas. E o que está sendo feito? Toda a responsabilidade é jogada nos braços dos bombeiros, pois, apesar de ser um fenômeno anual, não há políticas de prevenção e a atividade principal fica para os soldados do fogo.

“Me estranha ver que dói a Amazônia sendo queimada e não dói o nosso sertão tomado em chamas. Ou nós temos uma verdadeira preocupação com o meio ambiente ou o nosso discurso é hipócrita. É preciso que antes de olhar para o quintal do vizinho olhemos para o nosso e vejamos o que estamos fazendo de fato para solucionar esse problema”, sugeriu o vereador Sargento Reginauro.

Em Iracema, no Interior do Ceará, uma imagem chama atenção. É uma jibóia que foi carbonizada tentando reagir diante do fogo que a matou e assim como ela estão vários outros animais, conforme registros feitos por bombeiros. Essas queimadas estão tomando o nosso sertão, a nossa fauna e flora. No entanto, com o elevado índice de queimadas, o trabalho dos bombeiros aumentou consideravelmente. Eles chegam a atender cerca de 20 ocorrências de incêndio em vegetação em apenas um dia, sendo que há anos o efetivo está defasado.

O risco que esses profissionais correm é bem maior, pois a guarnição que deveria ser de no mínimo 8 homens passa a ser composta por três ou até menos. “Guarnições que estão praticamente sem dormir. Eles assumem o serviço e as vezes não têm tempo nem de descansar, devido o elevado número de ocorrências. Isso é desumano, é absurdo!”, afirmou o vereador.

São apenas 1.568 homens do Corpo de Bombeiros do Ceará (CBMCE) para atender a demanda de todo o Estado, da ocorrência do gatinho preso no telhado até os incêndios de grande porte. “Esse é praticamente o mesmo efetivo de quando eu entrei nos bombeiros em 1965. Logo, há 24 anos o efetivo do Corpo de Bombeiros não aumenta”, salientou Reginauro, presidente da Associação dos Profissionais da Segurança (APS) e Sargento do CBMCE.

Mas diante de tudo que foi exposto, onde está o clamor popular? Não se vê! Portanto se a defesa é pelo meio ambiente, que seja como um todo e não por ideologia política ou por pura oposição.

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