O número de pessoas em situação de rua tem aumentado em Fortaleza. São famílias inteiras vivendo ao relento: vemos crianças, adolescentes, homens, mulheres e pessoas idosas sofrendo a dor do abandono. Imagino que o sentimento carregado por eles é o da invisibilidade, apesar que suas necessidades são reais e precisam ser reconhecidas pelos líderes dessa cidade.

De acordo com estudo da FGV Social, o número de brasileiros que tinham uma renda inferior a R$ 246 saltou de 9,5 milhões para quase 27 milhões em menos de um ano, ou seja, triplicou o número de pessoas na extrema pobreza. O fechamento do comércio interfere diretamente na vida desse povo, pois reduz drasticamente a ajuda que eles recebem nas ruas, já que muitos vivem de esmolas e refeições que as pessoas doam. Desse modo, a crise financeira se alastra causando desemprego e reduzindo o poder de compra, alguns, não conseguindo honrar o pagamento de aluguel, recorrem as ruas. 

O Governo recomenda o isolamento social, pede que as pessoas fiquem em casa, mas e esses que não têm casa? Estão sofrendo o pior dos isolamentos: a dor da invisibilidade, a fome, a falta de um abrigo e a violência. Essa é a rotina desse povo que precisa de amparo e atenção. O que fazem por eles é pouco, principalmente porque o número de pessoas nessa situação só aumenta a cada dia, mas os recursos que chegam não são proporcionais.

Governador e prefeito, vocês têm que proteger esses cidadãos, não podem fechar os olhos para eles. As instituições e voluntários não estão dando conta de tantas pessoas nessa situação de rua. Precisamos de ações concretas para minimizar a dor e a fome, precisamos que não sejam medidos esforços para manter esse povo vivo, precisamos do básico. 

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