Diante de uma pandemia, que até o momento já fez mais de 500 vítimas no Ceará, o número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) apresenta um aumento de 90%, comparado ao mesmo período do ano anterior. Nos primeiros 22 dias do mês de abril foram 306 mortes, entre homicídios, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. O aumento acontece no mesmo período que o Estado reduz a verba de combustível das viaturas e mantém a maioria dos policiais em serviço a pé. A Polícia Militar está com 10% da corporação sob suspeita de contaminação e três mortes confirmadas.

Os dados são da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), que informa 161 mortes em igual período do ano passado, no mês completo foram 213 crimes. Portanto, em apenas 22 dias desse ano o crescimento já foi de quase 44% do índice. Para o vereador de Fortaleza Sargento Reginauro (PROS) o número é alarmante e faz refletir sobre a responsabilidade do Estado. “Enquanto a violência aumenta, o que o Estado faz? Reduz o combustível das viaturas e coloca os policiais para trabalhar a pé. Então, será por que a violência cresceu 90%? Será que é por que dezenas de viaturas estão paradas?”, questiona o bombeiro da reserva, que realizou a denúncia sobre a questão no último dia 22 de abril.

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O parlamentar denunciou também sobre as péssimas condições com que os policiais do 5º Batalhão estão sendo tratado e pela falta de proteção dos que estão nas ruas. “Já são mais de 2 mil policiais com suspeita e nada é feito! Eles estão falecendo por falta de proteção, por falta de leitos, por pura irresponsabilidade do Estado. E no 5º Batalhão, a situação é ainda pior: militares do grupo de risco estão sujeitos a condições desumanas, sem nenhum cuidado, já houve diagnóstico de Covid-19 dentro da unidade. Quantos precisarão morrer para que seja dada a devida atenção?”, denuncia Reginauro, após notícia de 650 policiais estarem sob suspeita.

Os policiais integram as profissões que estão na linha frente no combate a Covid-19, trabalham na proteção da população. Contudo, com a disseminação do vírus na instituição o policiamento ostensivo nas ruas foi reduzido. No entanto, através de denúncias, Sargento Reginauro tomou ciência da falta de equipamentos de proteção (EPI’s) para esses profissionais. “Eles não podem ficar em isolamento, mas também não podem ficar expostos ao vírus sem proteção”, disse.

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