A população fortalezense sofre com a espera por médicos nos postos de saúde. Faltam 156 médicos nos postos, segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Atualmente são 311 profissionais, o que está longe de ser o ideal, 467. Portanto, cadê esses médicos? A população não pode esperar. A saúde pública de Fortaleza precisa deles! Não há como oferecer saúde pública regular com essa quantidade de médicos!

“É só percorrer as periferias para ver as filas, as queixas, as reclamações reiteradas pela população. O posto de saúde é atenção primária, é para lá que a população vai para evitar outros problemas mais sérios. As equipes do Programa de Saúde a Família estão sucateadas com a falta de estrutura para o trabalho. Cadê o investimento em saúde que tanto se fala e se vende na mídia?”, afirmou o vereador Sargento Reginauro, na última Sessão Plenária do semestre, que aconteceu no dia 21 de junho.

Pessoas vão aos postos de saúde em busca de uma solução, mas lá encontram outro problema: não tem médico! Quem mais sofre é quem está às margens da sociedade, nos locais onde a vulnerabilidade social está presente, pois nesses equipamentos o efeito causado pela constante ausência de profissionais é bem maior.

Existem pessoas que estão há tempos com exames em mãos para o laudo e encaminhamento médico, no entanto precisam esperar por um profissional que ninguém sabe quando vai aparecer. Essas pessoas não têm nem previsão de quando serão atendidas! A falta de investimento da Prefeitura leva a população para outra alternativa: a saúde privada. Assim, o povo precisa se desdobrar para pagar um plano de saúde e, só assim, conseguir atendimento.

Esse é um problema sistemático! E, além dos impactos sofridos pelos usuários, os outros profissionais dos postos também são afetados, pois, mesmo na falta dos médicos, eles precisam fazer o trabalho acontecer. As equipes de saúde se viram no que podem para oferecer atendimento àqueles que precisam de ajuda. Eles fazem, inclusive, aquilo que não é de sua competência. Logo, até a própria funcionalidade das equipes fica desregulada. Todo mundo sofre!

O povo precisa de atenção, precisa de cuidado! É preciso que se ofereça uma saúde de qualidade, principalmente no atendimento primário.

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