Apesar de ser médico sanitarista e doutor em Saúde Pública, o prefeito Roberto Cláudio (PDT), durante os seus oito anos de gestão, entregou a saúde primária para organizações sociais privadas. Até o Hospital de Campanha do Estádio Presidente Vargas foi assumido por uma entidade privada de São Paulo, que possui uma péssima reputação nacional e responde por uma séria de crimes administrativos, mas, ainda assim, conseguiu quase de R$ 96 milhões dos cofres.

No entanto, mesmo em meio à pandemia e diante de uma investigação da Polícia Federal, o município contratou uma Organização Social (OS), também no Estado de São Paulo, por R$ 213 milhões para gerenciar a atenção primária da saúde de Fortaleza. O vínculo entre a Prefeitura e a Organização Social (Associação Beneficente Cisne – Instituto Cisne) foi publicado Diário Oficial do Município de Fortaleza do dia 26/05/2020.

Já é a segunda entidade com reputação duvidosa, principalmente porque essa responde a 128 processos judiciais, inclusive por serviços precários prestados às prefeituras paulistas. O que leva o município a trazer empresas como essas para cá? Será que no Ceará não tem nenhuma apta para a gestão? Além disso, vale salientar sobre a economia (ou não) da terceirização do atendimento em saúde, já que, diante de uma pandemia de grande proporção, um contrato milionário deve ser bem fundamentado, especialmente por se tratar de dinheiro público. É preciso responsabilidade!

A terceirização da saúde tornou-se uma marca forte do prefeito, que esse ano conclui seu mandato e coleciona envolvimento em diversos escândalos de desvio do dinheiro público e, principalmente, de superfaturamento. A maioria dos postos de saúde estão com gerenciamento terceirizado, porém, continuam em situação precária. Então, será que entregar a nossa saúde em mãos de terceiros, por um preço tão exorbitante, é a melhor saída?

OPERAÇÃO DISPNEIA – POLÍCIA FEDERAL 

Após o surgimento da covid-19 e o estado de calamidade pública, seguido da dispensa de licitação, Fortaleza virou, mais uma vez, notícia nacional, inclusive com investigação da Polícia Federal, após denúncia do deputado federal, Capitão Wagner (Pros). Para investigar o suposto superfaturamento dos respiradores mais caros do mundo, a Federal contou com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU), Justiça Federal e Ministério Público Federal (MPF).

DOCUMENTOS QUE COMPROVAM A CONTRATAÇÃO:

Hospital de campanha desmontado após denúncia, custou R$ 38,5 mil, por 15 dias, sem nenhum paciente


Leia também: 

[Artigo] A farda não torna ninguém racista!

Vereador cobra liberação de profissionais de educação física e de academias

Retomada das atividades: saiba os horários de funcionamento de estabelecimentos liberados

 

Comentários