Existem duas Fortalezas: aquela que tem bairros nobres com um índice de desenvolvimento comparado à capitais europeias e aquela em que a realidade é a completa falta de um olhar da gestão municipal. Não retiro o direito das pessoas que moram na Aldeota, no Papicu, no Dionísio Torres, no Meireles terem conforto e qualidade, afinal, elas pagam impostos para terem ruas bonitas e serviços públicos funcionando de maneira primorosa.

Barroso: Veja as fotos da comunidade

Mas e aquelas famílias que vivem nas comunidades mais carentes que também pagam os mesmos impostos? Elas não possuem os mesmos direitos de quem mora nas áreas nobres da cidade? Quem mora na periferia, como Conjunto Palmeiras, João Paulo II, Barroso, Vila Velha e outros, tem o direito de dignidade, de receber o olhar preocupado da prefeitura. É o básico ter uma infraestrutura adequada para garantir o mínimo de qualidade possível.

A verdade é que a gestão pública não tem o mesmo olhar para a população fortalezense. Será porque está longe dos olhos dos turistas, dos investidores?! Mesmo estando longe, temos efeitos colaterais: são famílias desacreditadas da política, crianças e jovens à mercê da criminalidade.

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Para mudar nossa cidade, é preciso tirar a venda dos olhos e passar a trabalhar em favor de todos. Tanto de quem mora nas regiões nobres, como quem não possui recursos para morar lá. Eu tenho orgulho de ter nascido e me criado em um bairro tido como humilde, por isso me coloco no lugar de quem mora em áreas ainda menos desenvolvidas. Hoje, como representante de uma cidade, eu asseguro que é preciso que os chefes do executivo tenham pulso firme para cuidar de quem eles se comprometeram, afinal, é o que se espera quando falamos de democracia.

Veja meu pronunciamento a respeito deste assunto:

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