Chega a ser engraçado essa coisa de que o homem não pode opinar sobre aborto. Oi? O fazer é compartilhado e o desfazer é individualizado? Ah, mas então só opine se você for o pai. Como? Então se uma criança estiver sendo violentada pelo seu pai ou sua mãe eu não devo me meter, porque não me diz respeito?

Não, espera! Mas essa conversa não é sobre seu corpo, entenda. Ela é sobre um outro corpo, uma outra vida e seu conceito de regras já não se aplica. Essa criaturinha já carrega sua identidade desde as primeiras semanas e no momento que normalmente se aborta, ela já está com sua vida pulsante e ansiosa por vir ao mundo.

Mas se a mãe não quiser, não vai ser pior para ela? Quem somos nós para determinar isso?! Tenho uma irmã que foi rejeitada por sua mãe biológica e acolhida por minha mãe com outros 14 filhos para criar, apenas com o salário de um operário. Amor sobrou para ela, e ainda sobra até hoje, com suas duas filhas entre nós. Imagine aí que pelo menos três vidas teriam sido interrompidas.

Isso não é sobre o seu direito, é sobre o direito delas. E sobre seu corpo? Ah, graças a Deus os métodos estão cada vez mais disponíveis. Escolha o melhor para você e não engravide. Mas se acontecer por acidente, tipo preservativo rasgou, ainda assim, pense mil vezes antes. Milhares de mulheres carregam por anos, as vezes pela vida toda marcas profundas por terem abortado. Não sou eu que estou inventando. Pesquise.

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