Confira resposta na íntegra 

”Investigar compras superfaturadas e possíveis desvios: por que isso seria “inadmissível”?

O governador do Ceará classifica como “inadmissível” o nosso esforço para dar respostas à população sobre compras superfaturadas, calotes de respiradores, desmanche de hospital de campanha e outros temas que levaram milhões dos cofres públicos e, ao mesmo tempo, ceifaram vidas humanas durante a pandemia. Sobretudo em nosso Estado.

De uns tempos para cá, essa tem sido, aliás, uma postura recorrente do governador: tudo aquilo que o incomoda vira declarações intempestivas sobre supostas “fake news”, “calúnias” e “estranhezas”. Defendo na CPI que se investigue a todos; Governo Federal, Estados e municípios. Esse é meu trabalho e não abrirei mão disso, doa a quem doer.

Quem acompanha o nosso mandato com boa-fé sabe que a minha conduta é pautada por princípios e valores. Não há espaço para acordos, “camaradagens” ou “barganhas”, práticas tão comuns na gestão estadual cearense.

Após tantos decretos, toques de recolher e medidas unilaterais, talvez seja o caso de lembrar ao governador que o autoritarismo e o absolutismo não têm espaço no Brasil de hoje. E que nenhum homem público – apesar de ter regalias, como foro privilegiado e liberdade mesmo após condenação por corrupção em 2ª instância – está acima da lei e isento de qualquer investigação. Principalmente, quando existem indícios graves de desvios de recursos federais.

A população brasileira quer a verdade. Cearenses que choram a perda de seus entes queridos esperam por uma resposta.

Por que o Governo do Estado do Ceará, por meio do Consórcio do Nordeste, comprou dezenas de respiradores da Indústria da Maconha e nunca os recebeu mesmo pagando adiantado?

Por que a Prefeitura de Fortaleza comprou respiradores 18x mais caros em relação à União?

Por que o Hospital de Campanha do PV, que custou quase 100 milhões de reais, foi desmanchado às pressas com 5 meses de uso quando todos sabiam que viria a segunda onda?

Esclarecer todas essas questões é muito fácil. Basta que o governador peça ao seu novo aliado político, membro titular da CPI, que assine meu requerimento, que convoca o secretário de Saúde, Dr. Cabeto, a vir depor na Comissão para dar transparência a essas intrigantes dúvidas. É “inadmissível” perder uma oportunidade como essa, aliás.

Por fim, enfatizo que o nosso querido Estado, uma terra libertária, há muito tempo trocou a grafia “Siará” por “Ceará”. Por isso, “inadmissível” mesmo, de verdade, é achar que, em pleno século XXI, ainda vivemos na época das capitanias.”

Continue lendo 

Eduardo Girão responde acusações de Roberto Cláudio

O vereador de Fortaleza, Sargento Reginauro é suplente do senador Eduardo Girão e compartilha algumas virtudes

Sargento Reginauro e Eduardo Girão desvendam a “Lei das Fake News”

Comentários