Não é apenas os que não estão querendo acreditar nos fatos e insistindo em levar uma vida normal que estão atrapalhando, mas é também quem acredita exageradamente e tenta a todo momento compartilhar a teoria do caos, do apocalipse final, espalhando terror e desinformação.

Não contribui em nada quem espalha fake news sobre tratamentos sem fundamento e soluções equivocadas. Não ajuda quem já comprou todo o álcool em gel possível; quem levou máscaras para usar até 2030; quem fez estoques alimentares para seis meses como se fossem os únicos habitantes do mundo e quem triplicou os preços desses produtos essenciais para esse momento.

Não colabora quem vai para a Unidade de Saúde sem nenhum sintoma relevante, dentre os que têm sido amplamente divulgados pelas autoridades competentes. E ainda atrapalha mais ainda aqueles que vão em busca de atendimento de saúde e descarregam toda a sua aflição em forma de estupidez sobre as equipes, que já estão trabalhando para além do limite tentando dar o melhor pela população.

Você que acha que o grupo de WhatsApp virou o grande oráculo e não se nutre nas fontes confiáveis, saiba que cada cidadão e cidadã é nesse momento um “agente” em potencial de saúde, no combate ao COVID-19. Basta buscar seguir as orientações das autoridades de saúde e simplesmente tomar os cuidados básicos que estão ao seu alcance.

Menos eu, mais nós! Toda tragédia traz grandes lições. E nesta, no apogeu de uma sociedade acelerada que está cada vez mais conectada com o mundo todo e menos com o que está ao lado, o CORONA veio nos convidar aos velhos hábitos, quase extintos na pós-modernidade. Um jantar em família, uma sessão de filme em casa, um chá da tarde com boas conversas, até aquela roda de conversa descontraída da calçada, com alguns toques de cuidados adicionais. Talvez sobre tempo pro livro e até pro culto em família. Se não há nada que ocorra sem a permissão de Deus, é claro que deve haver um sentido maior para essa calamidade.

Resta-nos buscar o que Ele está querendo nos mostrar.

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