No Plenário, questionei a finalidade para a qual a Prefeitura de Fortaleza solicita recurso no valor de R$ 200 mi, pois pasmem: na Mensagem enviada pelo Paço Municipal não há nenhuma menção para onde o valor será destinado.

Andando pela cidade, vejo que ela está desmanchada pelas enchentes que alagam ruas e adentram nas casas. O problema não é a chuva, que já estamos acostumados em recebê-la neste período do ano. O problema é a falta de planejamento e logística para que a nossa cidade não se torne o caos: carros encalhados nos buracos, postes caindo, crateras sendo formadas, esgotos entupidos, rios no lugar de pavimentação, e pior: crianças sendo desaparecidas, levadas pela correnteza.

E aí, me vem a pergunta: Para onde vão  esses recursos que o prefeito Roberto Cláudio quer com tanto empenho?

Por que não informar por meio das mensagens que são trazidas para esta Casa o que se deseja fazer com todo esse dinheiro? Seria para melhorar a infraestrutura das ruas, a fim de evitar que as casas fiquem alagadas? Seria para melhorar a pavimentação desta cidade? E o que dizer da iluminação, que em muitos locais está em situação precária?

Saiu na imprensa cearense que o gestor municipal vai reformar a Beira Mar. Serão R$ 70 mi retirados dos cofres públicos.

O problema não é a reforma da nossa orla que é um dos pontos turísticos da nossa cidade e que precisa ser olhada com atenção e carinho, pois merece. O problema é que valores assim não são solicitados para atender ao clamor da população mais carente: dignidade, moradia, segurança, investimento. Será por que esta população que também vota está longe do olhar dos turistas? Por que essa diferenciação? Por acaso a população que reside nos bairros mais pobres não merece um olhar carinhoso da Prefeitura de Fortaleza também? Afinal, os moradores de lá pagam os mesmos tributos que os moradores da Aldeota, do Meireles e também do Dionísio Torres.

Assista ao meu pronunciamento sobre este assunto

 

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